sexta-feira, 29 de junho de 2018

"NÃO DEIXE O MENINO RODAR!"


"NÃO DEIXE O MENINO RODAR!"

Por: Luiz apologeta


O falso culto a Deus é algo que pode ser visto em diversas igrejas. Um culto desprovido de espiritualidade Bíblica, de equilíbrio, ética, de bom senso e até mesmo, de pudor. E sem dúvidas nenhuma, atualmente o culto pentecostal (e Neo-pentecostal) é o que mais têm sofrido com falsas manifestações, meninices, invencionices e nada tendo do Espírito Santo. Algo que tanto dizem possuir. Visto que tudo o que ocorre no culto, é atribuído ao Espírito Santo.

O falso culto pentecostal tem dominado Igrejas inteiras. O desequilíbrio espiritual, as emoções tem tomado tais crentes, fazendo - os terem posturas durante o culto anti - Bíblicas, carnais e algumas delas até mesmo diabólicas.

No desespero de defenderem o culto estranho, alguns pregadores chegam ao ridículo de dizerem: "É bom termos crianças em casa (Igreja) uma casa sem crianças (crentes que pulam, gritam freneticamente, correm desordenadamente pela igreja etc...) É chata demais. Então dizem eles: deixem as crianças (ou os meninos) da Igreja rodar!

Esta ilustração falaciosa se mostra 100% anti Bíblica. As Escrituras nos ensinam que o novo convertido ou neófitos na fé, devem crescer para não mais serem crianças (1-Pe. 3:15);(2-Pe. 3:18);(1-Co. 13:11).

"Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina, pela engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente" (Ef.4:14; ARC).

Jesus disse que uma das missões primordiais da Igreja era: "discipular (ensinar) aos recém batizados na fé cristã (Mt.28:20). Então se há crianças com atitudes infantis, manifestações estranhas e anti - Bíblicas dentro da igreja. A culpa ou ignorância são dos Obreiros em geral. Que deveriam ensina - las, repreende - las e exorta - las Biblicamente com Amor.

Para que não mais Cultuem a Deus de forma errada. E pra piorar ainda mais, os defensores do culto da bagunça até mesmo iventaram uma "música" em defesa do culto “emocional” que diz: "deixe menino rodar".

Eu porém, segundo a Palavra de Deus vos digo: "Não deixe de jeito nenhum o menino rodar!". Pelo contrário, os ensinem, os discípulem. Assim você estará obedecendo O Senhor da igreja, Jesus. E não a homens".


segunda-feira, 14 de maio de 2018

Provérbios 21.1 ensina o determinismo?


Provérbios 21.1 ensina o determinismo?
Por Pastor Anderson de Paula

Introdução:

 “O coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer.” Provérbios 21:1

Chegamos então em um texto que muitos interpretam de maneira errônea. Se esse versículo não for observado em seu contexto amplo pode dar a ideia de que Deus estava por trás dos mais bárbaros governantes da Historia. É interessante que deterministas usam o texto de Provérbios 21.1 dizendo que Deus determina até os sentimentos mais perversos do coração dos homens.

Se o texto em questão mostra que os corações dos homens estão sendo manipulados por Deus não existe escapatória logica para não aceitar que governos tirânicos que massacraram milhões de pessoas não foram causados pelo próprio Deus. Os deterministas tentam tapar a implicação logica de seu sistema apelando para o mistério, pois se não o fizer, vão inevitavelmente mostrar que em seu sistema, Deus é o autor do pecado. Podemos ver essa tentativa de mascarar as implicações logicas no discurso dos teólogos calvinistas. Uso como base para a minha refutação um artigo muito bom encontrado no blog Credulos, deixo nas notas de referencia o referido blog. Porem, fiz umas adaptaçoes para colocar mais informaçoes, boa leitura!

1. Os argumentos de teólogos deterministas

O teólogo calvinista Tomás Tronco[1] é um dos que apelam para o mistério quando comenta esse texto, ele diz:

“A questão que deixa as pessoas perplexas não é descobrir o tamanho do poder do Senhor, mas entender seus propósitos. Pareceria lógico achar que o controle divino sobre os governantes deveria torná-los honestos, justos, pacíficos e preocupados com a população. Mas não é o que costumamos ver. Nesse caso, não significa que Deus não os controla, mas que ele tem propósitos mais amplos que não compreendemos...”[2]

O teólogo Jerry Bridges[3] ao citar o também teólogo Charles Bridges[4] concorda com T.Tronco. Segue o texto:

“Talvez a mais clara afirmação bíblica que Deus soberanamente influencia as discussões das pessoas é encontrada em Provérbios 21:1, Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer. Charles Bridges, em sua exposição do provérbio, relata “A verdade geral é ensinada pela mais forte ilustração – seu incontrolável brandir diante da mais absoluta das vontades – o coração do rei”. ”[5]

Tronco e Jerry Bridges deixam claro que para eles até a desonestidade dos lideres vem única e exclusivamente do controle meticuloso de Deus. Algo que me chamou a atenção foi que próprio Tronco concorda que se Deus controla o coração do governante, logo o coração deles deveria estar com honestidade, amizade e boas maneiras. A implicação logica dessa visão é que Deus é o responsável por toda a maldade desses governantes, mas para fugir da incoerência, eles apelam para o “mistério”.

Tal saída é, na verdade, uma fuga para não lidar com a problemática e, ou, não procurar fazer uma exegese sadia desse texto. O problema dos referido teólogos é partir do pressuposto de sua teologia determinista para o texto bíblico, pois não precisamos apelar para o mistério e assim resolver a questão! Podemos simplesmente dizer que Deus é poderoso para cumprir seus propósitos sem que para isso tenha que determinar as maldades dos homens.

2. O uso errado da Historia do rei Ciro para tentar provar o determinismo em Provérbios 21.1

Jerry Bridges, assim como vários calvinistas, tentam provar o argumento determinista usando a historia do rei Ciro dizendo:

“…Vemos isto também na abordagem de Ciro, rei da Pérsia, quando ele entregou uma proclamação para permitir aos judeus retornar a Jerusalém para reconstruir o Templo. Esdras 1:1 diz: ‘No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor proferida pela boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, de modo que ele fez proclamar por todo o seu reino, de viva voz e também por escrito, este decreto.’ (ênfase acrescida)”

O texto diz claramente que Rei Ciro editou a proclamação porque Deus moveu seu coração. O destino do povo de Deus, humanamente falando, estava nas mãos do mais poderoso monarca da época. Na realidade, porém, o destino estava completamente nas mãos de Deus, porque Ele tinha a habilidade de soberanamente controlar as decisões deste monarca. Deus, falando mediante o profeta Isaías, nos dá outra compreensão útil sobre Seu trabalho no coração de Ciro:

“Por amor de meu servo Jacó, e de Israel, meu escolhido, eu te chamo pelo teu nome; ponho-te o teu sobrenome, ainda que não me conheças… Eu te cinjo, ainda que tu não me conheças (Is 45:4-5, ênfase acrescida). Não é necessário para uma pessoa reconhecer o soberano controle de Deus em seu coração ou mesmo reconhecer a existência de Deus. Nem os egípcios nem Ciro intencionavam obedecer qualquer vontade revelada de Deus. Eles simplesmente agiram como seus corações lhes dirigiram, mas seus corações foram dirigidos por Deus.[6]

Olhando a maneira como Bridges coloca a historia de Ciro, uma mente menos treinada nas Escrituras poderia imaginar que estaria aí a prova fatal do determinismo divino. Afinal, Ciro mesmo não querendo obedecer a Deus, foi movido contra a vontade a deixar Israel voltar do cativeiro! É verdade que Ciro começou seu reinado sem conhecer a Deus, mas será que Ciro viveu sua vida inteira sem conhecer a Deus? Não é isso que uma analise mais acurada da Historia diz. Vejamos os contextos dos textos citados por Bridges:

“Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis; para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão; eu irei adiante de ti, e tornarei planos os lugares escabrosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro. Dar-te-ei os tesouros das trevas, e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chamo pelo teu nome. Por amor de meu servo Jacó, e de Israel, meu escolhido, eu te chamo pelo teu nome; ponho-te o teu sobrenome, ainda que não me conheças. Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cinjo, ainda que tu não me conheças. Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro”. Isaias. 45:1-6

“No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor proferida pela boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, de modo que ele fez proclamar por todo o seu reino, de viva voz e também por escrito, este decreto: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus do céu me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós de todo o seu povo (seja seu Deus com ele) suba para Jerusalém, que é em Judá, e edifique a casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém.” Esdras 1:1-3:

O que fica claro nesses textos, é uma historia completamente diferente da que os deterministas gostam. Pois, mesmo que o texto diga que Ciro não conhecia a Deus, não diz que ele não passou a conhecer. Quando lemos o contexto dos textos de Isaias 45.1-6 e Esdras 1.1-3 vemos claramente que Ciro passou a crer no Deus de Israel, pois Deus concedeu a ele sucessos militares que o fizeram acreditar que Jeová era o responsável por todo o seu sucesso.

 Vemos aqui que Ciro já estava predisposto a obedecer a Deus, pois entendera que a profecia de Isaías falava dele e era uma prova de que o Deus dos Hebreus era verdadeiro. Assim, quando Esdras nos diz que Deus “moveu” o coração de Ciro não significa uma ação unilateral onde Ciro era uma mera marionete nas mãos de Deus.  Daniel Gracely[7] faz uma importante observação do texto de Esdras dizendo:
  
“...a palavra “moveu” em hebraico não transmite nenhum sentido de ação unilateral da parte de Deus, como se Ciro fosse um tipo de marionete desatenta ao plano de Deus quando ele promulgou a proclamação para o retorno dos exilados judeus. Em vez disso, a palavra “moveu” significa incitar (comp. KJV), como quem acorda do sono[4]. Deus estava incitando Ciro para um fim específico acerca do povo judeu, porque Ciro já estava predisposto a ouvir o Deus hebreu.”

Nada nessa passagem dá margem para que se possa dizer que Ciro foi apenas uma marionete nas mãos de Deus, mas que ele por reconhecer as grandes coisas que o Deus dos Hebreus fez, decidiu obedecer e deixar os exilados voltarem para a sua terra. Além disso, vemos Ciro proclamando que “Senhor, Deus dos Céus, que me deu todos os reinos da terra” antes mesmo de incentivar o povo a voltar para sua terra, Ciro mostra que estava agradecido pelas vitorias recebidas pelo Senhor.

3. O uso errado da Historia de Nabucodonosor para provar o determinismo em Provérbios 21.1

Até aqui mostramos que a Historia de Ciro não da base alguma para a argumentação calvinista. Porem, os deterministas apelam para casos como o de Nabucodonosor.  Eles citam Jr 25.9 que chama Nabucodonosor de “Meu servo” para falar que Deus de uma maneira unilateral usou esse rei para ferir os israelitas com o exílio. Porém, tal tentativa se mostra falha quando analisamos como foi que Deus puniu seu povo. Algumas considerações devem ser tomadas para uma melhor compreensão. Vamos começar mostrando o motivo que levou Deus a punir seu povo.

3.1. Israel foi punida por desobedecer a Deus

O profeta Jeremias deixa claro qual foi o motivo de Deus ter castigado Judá o entregando nas mãos da Babilônia quando dá uma lista das rebeldias que eles praticaram.

a) Jeremias lembra o povo que ele foi porta voz de Deus durante 23 anos e que eles não lhe deram ouvidos (Jr. 25. 1-3).

b) Jeremias diz que por séculos Deus tinha enviado seus profetas para alertá-los, mas eles não deram atenção (Jr.25.4).

c) Jeremias deixa claro que se tivessem obedecido ficariam na terra prometida (Jr. 25. 5 - 6).

d) Jeremias mostra que eles serviram a outros deuses (Jr. 25.6-7)

Após Jeremias deixar claro o motivo da punição de Deus, esclarece que foram eles que trouxeram o castigo de Deus sobre eles quando não ouviram a voz do Senhor. Aqui vemos que não teria sentido Deus ter dirigido o coração deles para todas essas coisas más, e que na verdade a vontade de Deus era outra completamente diferente da que o povo escolheu.

3.2. Deus usa um rei pagão para punir Seu povo

Enquanto o povo serviu a Deus, a sua proteção estava garantida. Entretanto, quando eles começaram a apostatar da fé, Deus decide usar a maldade de Nabucodonosor para castigar Seu povo. Precisamos lembrar que Deus conhece todas as coisas e sabia muito bem o que aconteceria com seu povo caso o entregasse nas mãos da Babilônia. Não é que Deus tenha colocado no coração de Nabucodonosor o desejo ímpio, pois neste tempo o coração dele já era ímpio. O que Deus fez foi simplesmente usar a maldade dele para corrigir seu povo. Nabucodonosor era um homem exaltado, que achava que podia tudo e Deus usa isso para castigar varias nações por causa de seus maus atos. É nesse sentido que Deus o chama de “meu Servo”. Deus também castiga a Babilônia pela sua maldade, mas não foi Ele quem colocou o sentimento ímpio no coração deste povo. Ele apenas retirou sua proteção permitindo que eles fizessem o que já queriam fazer.

4.  O contexto de Provérbios 21.1 refuta a argumentação determinista.

“Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer. Todo caminho do homem é reto aos seus olhos; mas o Senhor pesa os corações. Fazer justiça e julgar com retidão é mais aceitável ao Senhor do que oferecer-lhe sacrifício. Olhar altivo e coração orgulhoso, tal lâmpada dos ímpios é pecado.” Provérbios 21.1-4

Considere a teologia determinista que afirma que todos os corações dos homens são igualmente inclinados por Deus, como a água é canalizada para um lado ou para o outro do jeito que agradar a Deus. Mas se isso é verdade, surgem algumas implicações que simplesmente desmontam a argumentação calvinista:

a) O verso dois nos informa que o homem pensa ser justo aos seus próprios olhos. Isso só pode significar que ele acha que seus sentimentos são justos, mas na verdade são maus.

b) O verso três nos informa que Deus deseja a justiça mais que o sacrifício. Ora, isso implica dizer que existem homens que pensam que o sacrifício é suficiente ainda que eles não sejam misericordiosos.

c) O verso quatro nos informa que alguns têm o coração orgulhoso, os olhos altivos e que isso é pecado.

Como encaixar isso na argumentação determinista? A resposta dos deterministas seria que Provérbios 21.1-4 mostra a “aparente contradição” da Confissão de Fé de Westermister que afirma que Deus determina todas as coisas[8], mas que nem Deus é o autor do pecado e nem é violentada a vontade da criatura. Sobre isso voltamos a citar Daniel Gracely que refuta essa resposta quando responde ao já citado Bridges:

“Ainda que tal resposta possa ser inteligente, sua pressuposição não é suportada pelo contexto maior de Provérbios 21, que iremos observar daqui a pouco. Mas note primeiro que ambos Jerry e Charles Bridges tratam o coração do rei no abstrato, como se ele esperasse Deus movê-lo em qualquer canal direcional que Deus desejasse. A visão de Bridges não é tal que o coração possa desejar coisas malignas, que é o que Cristo afirma sobre o homem maligno em Mateus 15:19. Eu acho interessante que apesar de calvinistas alegarem crer nos dois princípios da absoluta soberania de Deus e na livre vontade humana, calvinistas parecem mais preocupados com a liberdade humana ser uma expressão da soberania divina, em vez de a soberania divina ser uma expressão da liberdade humana. Em teoria não deveria haver ascendência sobre a outra se ambas são tão sacrossantas quanto os calvinistas precisam delas quando discute-se a origem do pecado. Este é um problema bastante crucial para o calvinista e, de fato, causa um dilema insolúvel quando tentando abordar o problema do mal. Mas retornando à nossa discussão principal, o rei mencionado em Provérbios 21:1 não é um rei sendo visto no abstrato mas de fato um rei que já ouvia Deus, como os versos acerca do “rei” ensinam.[9]

A saída para o calvinista é apelar para o mistério e tentar usar a argumentação de que Deus determina, mas o homem é o culpado. Porem, essa argumentação não pode ser provada com base no texto de Provérbios 21.1 única e simplesmente porque Salomão tinha em mente que o coração que é inclinado por Deus é o coração de um rei justo e obediente a Deus. É isso que o contexto geral sobre “o rei” em provérbios nos diz:

Provérbios 14:28: Na multidão do povo está a glória do rei; mas na falta de povo está a ruína do príncipe.

Provérbios 14:35: O favor do rei é concedido ao servo que procede sabiamente; mas sobre o que procede indignamente cairá o seu furor.

Provérbios 16:10: Nos lábios do rei acham-se oráculos; em juízo a sua boca não prevarica.

Provérbios 16:12: Abominação é para os reis o praticarem a impiedade; porque com justiça se estabelece o trono.

Provérbios 16:13: Lábios justos são o prazer dos reis; e eles amam aquele que fala coisas retas.

Provérbios 16:14: O furor do rei é mensageiro da morte; mas o homem sábio o aplacará.

Provérbios 16:15: Na luz do semblante do rei está a vida; e o seu favor é como a nuvem de chuva serôdia.

Provérbios 19:12: A ira do rei é como o bramido o leão; mas o seu favor é como o orvalho sobre a erva.

Provérbios 20:2: Como o bramido do leão é o terror do rei; quem o provoca a ira peca contra a sua própria vida.

Provérbios 20:8: Assentando-se o rei no trono do juízo, com os seus olhos joeira a todo malfeitor.

Provérbios 20:26: O rei sábio joeira os ímpios e faz girar sobre eles a roda.

Provérbios 20:28: A benignidade e a verdade guardam o rei; e com a benignidade sustém ele o seu trono.

Provérbios 21:1: Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer.

Provérbios 22:11: O que ama a pureza do coração, e que tem graça nos seus lábios, terá por seu amigo o rei.

Provérbios 24:21: Filho meu, teme ao Senhor, e ao rei; e não te entremetas com os que gostam de mudanças.

Provérbios 25:2: A glória de Deus é encobrir as coisas; mas a glória dos reis é esquadrinhá-las.

Provérbios 25:3: Como o céu na sua altura, e como a terra na sua profundidade, assim o coração dos reis é inescrutável.

Provérbios 25:5: Tira o ímpio da presença do rei, e o seu trono se firmará na justiça.

Provérbios 25:6: Não reclames para ti honra na presença do rei, nem te ponhas no lugar dos grandes;

Provérbios 29:4: O rei pela justiça estabelece a terra; mas o que exige presentes a transtorna.

Provérbios 29:14: Se o rei julgar os pobres com equidade, o seu trono será estabelecido para sempre.

Citando mais uma vez o teólogo Daniel Gracely, podemos ver como esses textos provam que a argumentação calvinista esta errada. Ele diz:

 “Novamente, note como Salomão geralmente vê o rei em termos positivos como um governante em lugar de Deus. Apenas um verso em mais de vinte descreve um rei negativo, e mesmo este traz a questão de por que Deus (se Bridges está correto) voltaria o coração do rei para algo que era abominável a Si Mesmo. De outra forma, Salomão fala confidente e otimisticamente sobre o rei, e o descreve como ele apesar de certas idiossincrasias serem esperadas dele. Portanto, o rei favorece o servo sábio, mas está irado contra pessoas vergonhosas (14:35), o rei executa sentença piedosa e não transgride em julgamento (16:10), o rei espalha os ímpios com seus olhos (20:26), e o amigo do rei será o que ama pureza de coração (22:11). Em todas essas instâncias o rei é assumido ser um rei justo. O rei também aceita ser moderado por um homem sábio e certas ocasiões quando ele está irado e pensa em exercer a lei sem misericórdia (16:14)[7].

Ainda é desnecessário dizer que a perspectiva de Salomão em Provérbios assuma que o rei é reto. Entretanto, muitos reis e governantes na história tem sido bastante malignos. Numerosos exemplos vêm à mente a partir da Bíblia e ao longo da história humana.Uma lista parcial incluiria os faraós egípcios em Êxodo, Ogue de Basã. Acabe de Israel, Manassés de Judá, todos os outros reis de Israel e vários reis de Judá, os reis cananeus que lutaram contra Josué, Ivan o Terrível, Napoleão, Hitler e Stálin.

Esses reis e governantes eram obviamente injustos e consistentemente não demonstraram nenhuma das piedosas características que Salomão assume para o rei. Então quando chegamos em Provérbios 21:1 e lemos que o coração do rei está na mão do Senhor e Ele o direciona para onde Ele quer, deve ser entendido que este verso não pode ser universalmente aplicado a todos os déspotas amalucados da história humana. Em vez disso, Deus influencia reis que entendem a justiça e têm uma predisposição por um governar piedoso.[10]”. Isso deixa claro que o coração que é dirigido por Deus é aquele que obedece a sua vontade.

Conclusão:

Vimos com esse estudo que o determinismo retira o texto de seu contexto e tenta fazer um malabarismo exegético para tentar provar que Deus é quem determina todas as más ações dos homens, mas uma lida no contexto amplo do livro de Provérbios e conhecer as narrativas bíblicas desmontam qualquer argumento contrario ao Deus revelado nas escrituras.

Deus abençoe!  


[1] Teólogo calvinista e pastor batista

[2] Fonte: http://www.igrejaredencao.org.br/?option=com_content&view=article&id=1702:reflexao-de-24-de-outubro&catid=54:devocionais-em-proverbios&Itemid=167&fontstyle=f-larger#.WvdoG1pKjIU
http://www.igrejaredencao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1702:reflexao-de-24-de-outubro&catid=54:devocionais-em-proverbios&Itemid=167#.Wre00jgvzIU

[3] Jerry Bridges (4 de dezembro de 1929 - 6 de março de 2016) foi um autor cristão evangélico, palestrante e membro da equipe de The Navigators.

[4] Charles Bridges (1794–1869 [1] [2]) foi um pregador e teólogo da Igreja da Inglaterra e um líder do Partido Evangélico da denominação.
[5] Fonte: Trusting God Even When It Hurts retirado do blog crédulos.
[6] Bridges, pp. 59-60
[7] Does God Control the Heart of All? - Understanding Proverbs 21: 1

[8] CFW cap. V artigo III
[9] Deus Controla o Coração de Todos? – Compreendendo Provérbios 21:1, Blog crédulos.
[10] Deus Controla o Coração de Todos? – Compreendendo Provérbios 21:1, Blog crédulos.