sexta-feira, 29 de junho de 2018

"NÃO DEIXE O MENINO RODAR!"


"NÃO DEIXE O MENINO RODAR!"

Por: Luiz apologeta


O falso culto a Deus é algo que pode ser visto em diversas igrejas. Um culto desprovido de espiritualidade Bíblica, de equilíbrio, ética, de bom senso e até mesmo, de pudor. E sem dúvidas nenhuma, atualmente o culto pentecostal (e Neo-pentecostal) é o que mais têm sofrido com falsas manifestações, meninices, invencionices e nada tendo do Espírito Santo. Algo que tanto dizem possuir. Visto que tudo o que ocorre no culto, é atribuído ao Espírito Santo.

O falso culto pentecostal tem dominado Igrejas inteiras. O desequilíbrio espiritual, as emoções tem tomado tais crentes, fazendo - os terem posturas durante o culto anti - Bíblicas, carnais e algumas delas até mesmo diabólicas.

No desespero de defenderem o culto estranho, alguns pregadores chegam ao ridículo de dizerem: "É bom termos crianças em casa (Igreja) uma casa sem crianças (crentes que pulam, gritam freneticamente, correm desordenadamente pela igreja etc...) É chata demais. Então dizem eles: deixem as crianças (ou os meninos) da Igreja rodar!

Esta ilustração falaciosa se mostra 100% anti Bíblica. As Escrituras nos ensinam que o novo convertido ou neófitos na fé, devem crescer para não mais serem crianças (1-Pe. 3:15);(2-Pe. 3:18);(1-Co. 13:11).

"Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina, pela engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente" (Ef.4:14; ARC).

Jesus disse que uma das missões primordiais da Igreja era: "discipular (ensinar) aos recém batizados na fé cristã (Mt.28:20). Então se há crianças com atitudes infantis, manifestações estranhas e anti - Bíblicas dentro da igreja. A culpa ou ignorância são dos Obreiros em geral. Que deveriam ensina - las, repreende - las e exorta - las Biblicamente com Amor.

Para que não mais Cultuem a Deus de forma errada. E pra piorar ainda mais, os defensores do culto da bagunça até mesmo iventaram uma "música" em defesa do culto “emocional” que diz: "deixe menino rodar".

Eu porém, segundo a Palavra de Deus vos digo: "Não deixe de jeito nenhum o menino rodar!". Pelo contrário, os ensinem, os discípulem. Assim você estará obedecendo O Senhor da igreja, Jesus. E não a homens".


segunda-feira, 14 de maio de 2018

Provérbios 21.1 ensina o determinismo?


Provérbios 21.1 ensina o determinismo?
Por Pastor Anderson de Paula

Introdução:

 “O coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer.” Provérbios 21:1

Chegamos então em um texto que muitos interpretam de maneira errônea. Se esse versículo não for observado em seu contexto amplo pode dar a ideia de que Deus estava por trás dos mais bárbaros governantes da Historia. É interessante que deterministas usam o texto de Provérbios 21.1 dizendo que Deus determina até os sentimentos mais perversos do coração dos homens.

Se o texto em questão mostra que os corações dos homens estão sendo manipulados por Deus não existe escapatória logica para não aceitar que governos tirânicos que massacraram milhões de pessoas não foram causados pelo próprio Deus. Os deterministas tentam tapar a implicação logica de seu sistema apelando para o mistério, pois se não o fizer, vão inevitavelmente mostrar que em seu sistema, Deus é o autor do pecado. Podemos ver essa tentativa de mascarar as implicações logicas no discurso dos teólogos calvinistas. Uso como base para a minha refutação um artigo muito bom encontrado no blog Credulos, deixo nas notas de referencia o referido blog. Porem, fiz umas adaptaçoes para colocar mais informaçoes, boa leitura!

1. Os argumentos de teólogos deterministas

O teólogo calvinista Tomás Tronco[1] é um dos que apelam para o mistério quando comenta esse texto, ele diz:

“A questão que deixa as pessoas perplexas não é descobrir o tamanho do poder do Senhor, mas entender seus propósitos. Pareceria lógico achar que o controle divino sobre os governantes deveria torná-los honestos, justos, pacíficos e preocupados com a população. Mas não é o que costumamos ver. Nesse caso, não significa que Deus não os controla, mas que ele tem propósitos mais amplos que não compreendemos...”[2]

O teólogo Jerry Bridges[3] ao citar o também teólogo Charles Bridges[4] concorda com T.Tronco. Segue o texto:

“Talvez a mais clara afirmação bíblica que Deus soberanamente influencia as discussões das pessoas é encontrada em Provérbios 21:1, Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer. Charles Bridges, em sua exposição do provérbio, relata “A verdade geral é ensinada pela mais forte ilustração – seu incontrolável brandir diante da mais absoluta das vontades – o coração do rei”. ”[5]

Tronco e Jerry Bridges deixam claro que para eles até a desonestidade dos lideres vem única e exclusivamente do controle meticuloso de Deus. Algo que me chamou a atenção foi que próprio Tronco concorda que se Deus controla o coração do governante, logo o coração deles deveria estar com honestidade, amizade e boas maneiras. A implicação logica dessa visão é que Deus é o responsável por toda a maldade desses governantes, mas para fugir da incoerência, eles apelam para o “mistério”.

Tal saída é, na verdade, uma fuga para não lidar com a problemática e, ou, não procurar fazer uma exegese sadia desse texto. O problema dos referido teólogos é partir do pressuposto de sua teologia determinista para o texto bíblico, pois não precisamos apelar para o mistério e assim resolver a questão! Podemos simplesmente dizer que Deus é poderoso para cumprir seus propósitos sem que para isso tenha que determinar as maldades dos homens.

2. O uso errado da Historia do rei Ciro para tentar provar o determinismo em Provérbios 21.1

Jerry Bridges, assim como vários calvinistas, tentam provar o argumento determinista usando a historia do rei Ciro dizendo:

“…Vemos isto também na abordagem de Ciro, rei da Pérsia, quando ele entregou uma proclamação para permitir aos judeus retornar a Jerusalém para reconstruir o Templo. Esdras 1:1 diz: ‘No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor proferida pela boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, de modo que ele fez proclamar por todo o seu reino, de viva voz e também por escrito, este decreto.’ (ênfase acrescida)”

O texto diz claramente que Rei Ciro editou a proclamação porque Deus moveu seu coração. O destino do povo de Deus, humanamente falando, estava nas mãos do mais poderoso monarca da época. Na realidade, porém, o destino estava completamente nas mãos de Deus, porque Ele tinha a habilidade de soberanamente controlar as decisões deste monarca. Deus, falando mediante o profeta Isaías, nos dá outra compreensão útil sobre Seu trabalho no coração de Ciro:

“Por amor de meu servo Jacó, e de Israel, meu escolhido, eu te chamo pelo teu nome; ponho-te o teu sobrenome, ainda que não me conheças… Eu te cinjo, ainda que tu não me conheças (Is 45:4-5, ênfase acrescida). Não é necessário para uma pessoa reconhecer o soberano controle de Deus em seu coração ou mesmo reconhecer a existência de Deus. Nem os egípcios nem Ciro intencionavam obedecer qualquer vontade revelada de Deus. Eles simplesmente agiram como seus corações lhes dirigiram, mas seus corações foram dirigidos por Deus.[6]

Olhando a maneira como Bridges coloca a historia de Ciro, uma mente menos treinada nas Escrituras poderia imaginar que estaria aí a prova fatal do determinismo divino. Afinal, Ciro mesmo não querendo obedecer a Deus, foi movido contra a vontade a deixar Israel voltar do cativeiro! É verdade que Ciro começou seu reinado sem conhecer a Deus, mas será que Ciro viveu sua vida inteira sem conhecer a Deus? Não é isso que uma analise mais acurada da Historia diz. Vejamos os contextos dos textos citados por Bridges:

“Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis; para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão; eu irei adiante de ti, e tornarei planos os lugares escabrosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro. Dar-te-ei os tesouros das trevas, e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chamo pelo teu nome. Por amor de meu servo Jacó, e de Israel, meu escolhido, eu te chamo pelo teu nome; ponho-te o teu sobrenome, ainda que não me conheças. Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cinjo, ainda que tu não me conheças. Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro”. Isaias. 45:1-6

“No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor proferida pela boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, de modo que ele fez proclamar por todo o seu reino, de viva voz e também por escrito, este decreto: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus do céu me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós de todo o seu povo (seja seu Deus com ele) suba para Jerusalém, que é em Judá, e edifique a casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém.” Esdras 1:1-3:

O que fica claro nesses textos, é uma historia completamente diferente da que os deterministas gostam. Pois, mesmo que o texto diga que Ciro não conhecia a Deus, não diz que ele não passou a conhecer. Quando lemos o contexto dos textos de Isaias 45.1-6 e Esdras 1.1-3 vemos claramente que Ciro passou a crer no Deus de Israel, pois Deus concedeu a ele sucessos militares que o fizeram acreditar que Jeová era o responsável por todo o seu sucesso.

 Vemos aqui que Ciro já estava predisposto a obedecer a Deus, pois entendera que a profecia de Isaías falava dele e era uma prova de que o Deus dos Hebreus era verdadeiro. Assim, quando Esdras nos diz que Deus “moveu” o coração de Ciro não significa uma ação unilateral onde Ciro era uma mera marionete nas mãos de Deus.  Daniel Gracely[7] faz uma importante observação do texto de Esdras dizendo:
  
“...a palavra “moveu” em hebraico não transmite nenhum sentido de ação unilateral da parte de Deus, como se Ciro fosse um tipo de marionete desatenta ao plano de Deus quando ele promulgou a proclamação para o retorno dos exilados judeus. Em vez disso, a palavra “moveu” significa incitar (comp. KJV), como quem acorda do sono[4]. Deus estava incitando Ciro para um fim específico acerca do povo judeu, porque Ciro já estava predisposto a ouvir o Deus hebreu.”

Nada nessa passagem dá margem para que se possa dizer que Ciro foi apenas uma marionete nas mãos de Deus, mas que ele por reconhecer as grandes coisas que o Deus dos Hebreus fez, decidiu obedecer e deixar os exilados voltarem para a sua terra. Além disso, vemos Ciro proclamando que “Senhor, Deus dos Céus, que me deu todos os reinos da terra” antes mesmo de incentivar o povo a voltar para sua terra, Ciro mostra que estava agradecido pelas vitorias recebidas pelo Senhor.

3. O uso errado da Historia de Nabucodonosor para provar o determinismo em Provérbios 21.1

Até aqui mostramos que a Historia de Ciro não da base alguma para a argumentação calvinista. Porem, os deterministas apelam para casos como o de Nabucodonosor.  Eles citam Jr 25.9 que chama Nabucodonosor de “Meu servo” para falar que Deus de uma maneira unilateral usou esse rei para ferir os israelitas com o exílio. Porém, tal tentativa se mostra falha quando analisamos como foi que Deus puniu seu povo. Algumas considerações devem ser tomadas para uma melhor compreensão. Vamos começar mostrando o motivo que levou Deus a punir seu povo.

3.1. Israel foi punida por desobedecer a Deus

O profeta Jeremias deixa claro qual foi o motivo de Deus ter castigado Judá o entregando nas mãos da Babilônia quando dá uma lista das rebeldias que eles praticaram.

a) Jeremias lembra o povo que ele foi porta voz de Deus durante 23 anos e que eles não lhe deram ouvidos (Jr. 25. 1-3).

b) Jeremias diz que por séculos Deus tinha enviado seus profetas para alertá-los, mas eles não deram atenção (Jr.25.4).

c) Jeremias deixa claro que se tivessem obedecido ficariam na terra prometida (Jr. 25. 5 - 6).

d) Jeremias mostra que eles serviram a outros deuses (Jr. 25.6-7)

Após Jeremias deixar claro o motivo da punição de Deus, esclarece que foram eles que trouxeram o castigo de Deus sobre eles quando não ouviram a voz do Senhor. Aqui vemos que não teria sentido Deus ter dirigido o coração deles para todas essas coisas más, e que na verdade a vontade de Deus era outra completamente diferente da que o povo escolheu.

3.2. Deus usa um rei pagão para punir Seu povo

Enquanto o povo serviu a Deus, a sua proteção estava garantida. Entretanto, quando eles começaram a apostatar da fé, Deus decide usar a maldade de Nabucodonosor para castigar Seu povo. Precisamos lembrar que Deus conhece todas as coisas e sabia muito bem o que aconteceria com seu povo caso o entregasse nas mãos da Babilônia. Não é que Deus tenha colocado no coração de Nabucodonosor o desejo ímpio, pois neste tempo o coração dele já era ímpio. O que Deus fez foi simplesmente usar a maldade dele para corrigir seu povo. Nabucodonosor era um homem exaltado, que achava que podia tudo e Deus usa isso para castigar varias nações por causa de seus maus atos. É nesse sentido que Deus o chama de “meu Servo”. Deus também castiga a Babilônia pela sua maldade, mas não foi Ele quem colocou o sentimento ímpio no coração deste povo. Ele apenas retirou sua proteção permitindo que eles fizessem o que já queriam fazer.

4.  O contexto de Provérbios 21.1 refuta a argumentação determinista.

“Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer. Todo caminho do homem é reto aos seus olhos; mas o Senhor pesa os corações. Fazer justiça e julgar com retidão é mais aceitável ao Senhor do que oferecer-lhe sacrifício. Olhar altivo e coração orgulhoso, tal lâmpada dos ímpios é pecado.” Provérbios 21.1-4

Considere a teologia determinista que afirma que todos os corações dos homens são igualmente inclinados por Deus, como a água é canalizada para um lado ou para o outro do jeito que agradar a Deus. Mas se isso é verdade, surgem algumas implicações que simplesmente desmontam a argumentação calvinista:

a) O verso dois nos informa que o homem pensa ser justo aos seus próprios olhos. Isso só pode significar que ele acha que seus sentimentos são justos, mas na verdade são maus.

b) O verso três nos informa que Deus deseja a justiça mais que o sacrifício. Ora, isso implica dizer que existem homens que pensam que o sacrifício é suficiente ainda que eles não sejam misericordiosos.

c) O verso quatro nos informa que alguns têm o coração orgulhoso, os olhos altivos e que isso é pecado.

Como encaixar isso na argumentação determinista? A resposta dos deterministas seria que Provérbios 21.1-4 mostra a “aparente contradição” da Confissão de Fé de Westermister que afirma que Deus determina todas as coisas[8], mas que nem Deus é o autor do pecado e nem é violentada a vontade da criatura. Sobre isso voltamos a citar Daniel Gracely que refuta essa resposta quando responde ao já citado Bridges:

“Ainda que tal resposta possa ser inteligente, sua pressuposição não é suportada pelo contexto maior de Provérbios 21, que iremos observar daqui a pouco. Mas note primeiro que ambos Jerry e Charles Bridges tratam o coração do rei no abstrato, como se ele esperasse Deus movê-lo em qualquer canal direcional que Deus desejasse. A visão de Bridges não é tal que o coração possa desejar coisas malignas, que é o que Cristo afirma sobre o homem maligno em Mateus 15:19. Eu acho interessante que apesar de calvinistas alegarem crer nos dois princípios da absoluta soberania de Deus e na livre vontade humana, calvinistas parecem mais preocupados com a liberdade humana ser uma expressão da soberania divina, em vez de a soberania divina ser uma expressão da liberdade humana. Em teoria não deveria haver ascendência sobre a outra se ambas são tão sacrossantas quanto os calvinistas precisam delas quando discute-se a origem do pecado. Este é um problema bastante crucial para o calvinista e, de fato, causa um dilema insolúvel quando tentando abordar o problema do mal. Mas retornando à nossa discussão principal, o rei mencionado em Provérbios 21:1 não é um rei sendo visto no abstrato mas de fato um rei que já ouvia Deus, como os versos acerca do “rei” ensinam.[9]

A saída para o calvinista é apelar para o mistério e tentar usar a argumentação de que Deus determina, mas o homem é o culpado. Porem, essa argumentação não pode ser provada com base no texto de Provérbios 21.1 única e simplesmente porque Salomão tinha em mente que o coração que é inclinado por Deus é o coração de um rei justo e obediente a Deus. É isso que o contexto geral sobre “o rei” em provérbios nos diz:

Provérbios 14:28: Na multidão do povo está a glória do rei; mas na falta de povo está a ruína do príncipe.

Provérbios 14:35: O favor do rei é concedido ao servo que procede sabiamente; mas sobre o que procede indignamente cairá o seu furor.

Provérbios 16:10: Nos lábios do rei acham-se oráculos; em juízo a sua boca não prevarica.

Provérbios 16:12: Abominação é para os reis o praticarem a impiedade; porque com justiça se estabelece o trono.

Provérbios 16:13: Lábios justos são o prazer dos reis; e eles amam aquele que fala coisas retas.

Provérbios 16:14: O furor do rei é mensageiro da morte; mas o homem sábio o aplacará.

Provérbios 16:15: Na luz do semblante do rei está a vida; e o seu favor é como a nuvem de chuva serôdia.

Provérbios 19:12: A ira do rei é como o bramido o leão; mas o seu favor é como o orvalho sobre a erva.

Provérbios 20:2: Como o bramido do leão é o terror do rei; quem o provoca a ira peca contra a sua própria vida.

Provérbios 20:8: Assentando-se o rei no trono do juízo, com os seus olhos joeira a todo malfeitor.

Provérbios 20:26: O rei sábio joeira os ímpios e faz girar sobre eles a roda.

Provérbios 20:28: A benignidade e a verdade guardam o rei; e com a benignidade sustém ele o seu trono.

Provérbios 21:1: Como corrente de águas é o coração do rei na mão do Senhor; ele o inclina para onde quer.

Provérbios 22:11: O que ama a pureza do coração, e que tem graça nos seus lábios, terá por seu amigo o rei.

Provérbios 24:21: Filho meu, teme ao Senhor, e ao rei; e não te entremetas com os que gostam de mudanças.

Provérbios 25:2: A glória de Deus é encobrir as coisas; mas a glória dos reis é esquadrinhá-las.

Provérbios 25:3: Como o céu na sua altura, e como a terra na sua profundidade, assim o coração dos reis é inescrutável.

Provérbios 25:5: Tira o ímpio da presença do rei, e o seu trono se firmará na justiça.

Provérbios 25:6: Não reclames para ti honra na presença do rei, nem te ponhas no lugar dos grandes;

Provérbios 29:4: O rei pela justiça estabelece a terra; mas o que exige presentes a transtorna.

Provérbios 29:14: Se o rei julgar os pobres com equidade, o seu trono será estabelecido para sempre.

Citando mais uma vez o teólogo Daniel Gracely, podemos ver como esses textos provam que a argumentação calvinista esta errada. Ele diz:

 “Novamente, note como Salomão geralmente vê o rei em termos positivos como um governante em lugar de Deus. Apenas um verso em mais de vinte descreve um rei negativo, e mesmo este traz a questão de por que Deus (se Bridges está correto) voltaria o coração do rei para algo que era abominável a Si Mesmo. De outra forma, Salomão fala confidente e otimisticamente sobre o rei, e o descreve como ele apesar de certas idiossincrasias serem esperadas dele. Portanto, o rei favorece o servo sábio, mas está irado contra pessoas vergonhosas (14:35), o rei executa sentença piedosa e não transgride em julgamento (16:10), o rei espalha os ímpios com seus olhos (20:26), e o amigo do rei será o que ama pureza de coração (22:11). Em todas essas instâncias o rei é assumido ser um rei justo. O rei também aceita ser moderado por um homem sábio e certas ocasiões quando ele está irado e pensa em exercer a lei sem misericórdia (16:14)[7].

Ainda é desnecessário dizer que a perspectiva de Salomão em Provérbios assuma que o rei é reto. Entretanto, muitos reis e governantes na história tem sido bastante malignos. Numerosos exemplos vêm à mente a partir da Bíblia e ao longo da história humana.Uma lista parcial incluiria os faraós egípcios em Êxodo, Ogue de Basã. Acabe de Israel, Manassés de Judá, todos os outros reis de Israel e vários reis de Judá, os reis cananeus que lutaram contra Josué, Ivan o Terrível, Napoleão, Hitler e Stálin.

Esses reis e governantes eram obviamente injustos e consistentemente não demonstraram nenhuma das piedosas características que Salomão assume para o rei. Então quando chegamos em Provérbios 21:1 e lemos que o coração do rei está na mão do Senhor e Ele o direciona para onde Ele quer, deve ser entendido que este verso não pode ser universalmente aplicado a todos os déspotas amalucados da história humana. Em vez disso, Deus influencia reis que entendem a justiça e têm uma predisposição por um governar piedoso.[10]”. Isso deixa claro que o coração que é dirigido por Deus é aquele que obedece a sua vontade.

Conclusão:

Vimos com esse estudo que o determinismo retira o texto de seu contexto e tenta fazer um malabarismo exegético para tentar provar que Deus é quem determina todas as más ações dos homens, mas uma lida no contexto amplo do livro de Provérbios e conhecer as narrativas bíblicas desmontam qualquer argumento contrario ao Deus revelado nas escrituras.

Deus abençoe!  


[1] Teólogo calvinista e pastor batista

[2] Fonte: http://www.igrejaredencao.org.br/?option=com_content&view=article&id=1702:reflexao-de-24-de-outubro&catid=54:devocionais-em-proverbios&Itemid=167&fontstyle=f-larger#.WvdoG1pKjIU
http://www.igrejaredencao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1702:reflexao-de-24-de-outubro&catid=54:devocionais-em-proverbios&Itemid=167#.Wre00jgvzIU

[3] Jerry Bridges (4 de dezembro de 1929 - 6 de março de 2016) foi um autor cristão evangélico, palestrante e membro da equipe de The Navigators.

[4] Charles Bridges (1794–1869 [1] [2]) foi um pregador e teólogo da Igreja da Inglaterra e um líder do Partido Evangélico da denominação.
[5] Fonte: Trusting God Even When It Hurts retirado do blog crédulos.
[6] Bridges, pp. 59-60
[7] Does God Control the Heart of All? - Understanding Proverbs 21: 1

[8] CFW cap. V artigo III
[9] Deus Controla o Coração de Todos? – Compreendendo Provérbios 21:1, Blog crédulos.
[10] Deus Controla o Coração de Todos? – Compreendendo Provérbios 21:1, Blog crédulos.


terça-feira, 21 de novembro de 2017

O BELÍSSIMO SALMO 139

O BELÍSSIMO SALMO 139 



Por: Anderson de Paula
Revisão: Alef Brid


1. Introdução – Preciosidade do Salmo 139

O presente estudo visa apresentar exegeticamente este Salmo para que possamos ter um entendimento correto das lições contidas nele que indubitavelmente são importantíssimas para todos os cristãos. Este Salmo mostra a grandiosidade de Deus ao revelar a Onisciência[i], Onipresença[ii] e Onipotência[iii] de Deus.  

 1.1- A coroa de todos os Salmos!

“A coroa de todos os Salmos!” É titulo que o erudito rabino Aben Ezra (1093-1167) [iv] dá a este Salmo. Isso é apropriado, pois em seus 24 versos, esse Salmo nos mostra um Deus maravilhoso! Vemos nesses versos a grandeza de um Deus que não está preso ao tempo e ao espaço, pois é poderoso para saber de tudo e isso antecipadamente. É desse jeito que o erudito Oesterley (1866-1950) [v] entende o Salmo quando diz:

“No que diz respeito à Natureza Divina, a Onisciência e a Onipresença, esse salmo se destaca como “a perola mais preciosa do Saltério.” Diz-se que existem escritos paralelos na Babilônia e em outros escritos sagrados do passado, mas na literatura religiosa do mundo primitivo, esse Salmo é singular”.

Assim, entendemos que o Salmo realmente merece um estudo acurado, pois se trata de um Salmo que traz maravilhosas instruções para todos os amantes de teologia.

1.2. Salmo de instrução

O Dr. Stanley Ellisen[vi] entende que o Salmo é de instrução, pois traz maravilhosos ensinos a todos os amantes de teologia. Isso se torna evidente ao se olhar o esboço do salmo. O salmo nos apresenta a Onisciência de Deus do verso 1 – 6; sua Onipresença dos 7 – 12 e a sua Onipotência no milagre da gestação humana dos 13 – 16. Em seguida, o salmista faz um relato maravilhado sobre a Grandiosidade Divina e a limitação da mente humana nos 17- 18. Finalmente, ele termina mostrando sua indignação contra os homens violentos e faz um pedido para Deus examinar a sua conduta e dirigi-lo pelo caminho eterno dos 19 - 24. Partiremos agora para os ensinamentos deste belíssimo Salmo.

 2. A Onisciência de Deus

“SENHOR, Tu me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces. Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a Tua mão. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.” Salmos 139:1-6.

A palavra Onisciência é a junção de duas palavras latinas: “o(m)ni” (tudo) e “ciência” (conhecimento). Assim, Onisciência significa “saber tudo”. Deus conhece tudo de maneira exaustiva, isto é, sabe todos os detalhes de todas as coisas que existem. Deus tem total conhecimento de Si mesmo, do tempo e espaço (pois esta fora do Cronos[vii]).

O primeiro ensinamento que temos nesse Salmo é exatamente em relação ao atributo incomunicável[viii] de Deus que é a Onisciência: Deus conhece todas as coisas e conhece antecipadamente. O salmista reconhece que Deus sabe cada mínimo detalhe de sua vida. Ele mostra que Deus conhece o ser humano por completo. Seus pensamentos, intenções e ações (quando esta em publico ou sozinho) são conhecidos de Deus. Tal conhecimento deixa o salmista atônito, o fazendo reconhecer a grandiosidade do conhecimento de Deus e a limitação do conhecimento humano. Vamos estudar esse atributo apresentado nessas palavras, pois é crucial para um entendimento adequado desse Salmo.

2.1. Deus conhece a Si mesmo

            O primeiro objeto de conhecimento de Deus é Ele mesmo, pois Ele existe antes que todas as coisas existissem e o próprio tempo foi criado por Ele. O teólogo medieval Tomás de Aquino[ix] acertadamente fala sobre o autoconhecimento de Deus:

“Deus conhece a Si mesmo perfeitamente. Algo é perfeitamente conhecido quando seu potencial a ser conhecido é completamente percebido e não há potencialidade não realizada em Deus, visto que Ele é realidade completa – Pura Existência. Portanto, Deus se conhece perfeitamente. O seu autoconhecimento é completamente real.” [1]

            Deus conhece a si mesmo e uma vez que não existe “por realizar” em Deus, Ele tem autoconhecimento perfeito de Si mesmo.

2.2. Deus conhece infinitamente todas as coisas

 O teólogo Holandês Jacó Armínio foi preciso na sua definição da doutrina da Onisciência ao declarar:

“Ele conhece as coisas substanciais e acidentais de todo o tipo; as ações e emoções, os modos e circunstancias de todas as coisas; palavras e ações externas, pensamentos, opiniões, deliberações e determinações internas e as entidades da razão, quer sejam complexas ou simples. Todas essas coisas, sendo conjuntamente atribuídas à compreensão de Deus, levam à conclusão justa de que Deus conhece as coisas infinitamente.[2]

Armínio é preciso em falar que Deus conhece as coisas de maneira infinita, ou seja, o conhecimento de Deus é exaustivo! É como infinito que o molinista/wesleyano W.L Craig define o conhecimento de Deus ao falar do Salmo que estamos estudando:

“Nenhum numero finito pode servir para enumerar o que Deus conhece; seu conhecimento é infinito. O sentido final do versículo 18 é que é impossível chegar ao fim do conhecimento de Deus.” [3]

            Assim, fica evidente que Deus conhece infinitamente não apenas a Si mesmo, mas também a tudo que criou, incluindo todas as coisas do tempo. Deus conhece todas as coisas que já aconteceram (passado), que estão acontecendo (presente) e que vão acontecer (futuro). Isso é uma verdade claramente demonstrada nas Escrituras e, portanto, importantíssima para o nosso estudo.

2.3. Deus conhece o Passado, Presente e Futuro.

Irineu (125 – 202 D.C) diz:

“Olha para aquele que esta a cima dos tempos, para aquele que não tem tempos” [4]

            Sempre foi defendido na historia da Igreja que Deus é atemporal[x] e isso é crucial para entender a Onisciência de Deus (principalmente no que diz respeito ao conhecimento do futuro - presciência). Deus não está preso ao tempo, pois o próprio tempo foi criado por Ele. Conforme bem declarou Agostinho (354-430):

“O mundo não foi feito no tempo, mas junto com o tempo. Pois o que é feito no tempo é feito depois de um período de tempo e antes de outro, isto é, depois de um tempo passado e antes de um tempo futuro. Mas, poderia não ter havido tempo passado, visto que não houve nada criado por cujos movimentos e mudanças de tempo pudessem ser medidas.” [5]

            Deus é o criador de tudo que existe no tempo, mas Ele é criador também do tempo. O tempo começou com a criação, antes dela não existia tempo. Em Deus não existe passado ou futuro, Ele é imutável e um Ser imutável como Deus vive um eterno presente, mas esse Deus criou criaturas temporais para viverem dentro do tempo e é aqui que vamos concentrar nosso assunto.

2.4. Deus conhece o passado

            Agora, que deixamos claro que Deus não está preso ao tempo, podemos continuar a falar do conhecimento que Deus tem do passado, presente e futuro (vamos apenas dar uma breve “pincelada” no passado e presente para nos concentrar no futuro - presciência - que é o ensinamento principal desta primeira parte do Salmo).

Deus tem total conhecimento da Historia do Universo, Ele sabe de todos os acontecimentos que já aconteceram em seus mínimos detalhes. Ele conhece o que foi tratado em reuniões secretas e todos os segredos que os homens escondem. A Bíblia é muito clara em afirmar essa verdade, pois em Salmos esta escrito:

“Tu conta as minhas vagueações; põe as minhas lagrimas em teu odre. Não estão elas no teu livro?” Salmo 56:8.

            É claro que Deus não esquece nada para que precise anotar. Quando a Bíblia fala que Deus não se lembra de nossos pecados não esta dizendo que Deus esqueceu como uma pessoa com problemas de memoria, mas esta falando do perdão de Deus aos arrependidos. Deus também não precisa de livros para não esquecer algo ou para rever suas notas, mas quando a palavra de Deus fala a respeito dessas coisas, está falando que nada que acontece (ou aconteceu) escapa ao conhecimento de Deus e um dia Ele jugará os homens pelos seus atos. Portanto, entendemos que Deus conhece de fato o passado, pois nada escapa do seu conhecimento.

 2.5. Deus conhece o presente

            Da mesma maneira que Deus conhece o passado, Ele tem total conhecimento do presente. Ele sabe o que esta acontecendo com todos neste exato momento e está vendo o que os homens estão fazendo ou pensando. Conhece o que o amado leitor esta pensando neste exato momento. As Escrituras muitas vezes descrevem Deus como olhando para sua criação e observando seus atos e tudo que acontece com ela. É o que diz em Jó 28:24:

“Porque Ele perscruta as extremidades da terra, e vê tudo debaixo dos céus”.

            Deus não apenas conhece o que se passa com as coisas criadas, mas também tem total entendimento delas. Ele entende as leis que regulam as estrelas e os céus, Ele entende a vida no mais profundo do mar, Ele entende o nascimento e a morte. Ele entende e governa o magnífico reino animal. Além disso, Deus conhece todos os assuntos humanos. Ele entende sociologia, biologia, psicologia, antropologia, politica e tudo que se pode conhecer, Ele conhece!  Podemos dizer com certeza que Deus tem sabedoria e compreensão total de toda a obra criada.

2.6. Deus conhece o futuro (presciência)

            Durante todo o curso da Historia da Igreja sempre foi defendendo que Deus conhece o futuro e sua presciência é simples, ou seja, Deus sabe o que vai acontecer sem que tenha que determinar, mas nos dias contemporâneos surgiu uma gama de teologias que contrariam a ideia de uma presciência simples[xi]. O Dr. Norman Geisler diz o seguinte sobre o assunto:

“O debate contemporâneo, entretanto, tem mudado a paisagem teológica desta doutrina. Hoje, o conhecimento ilimitado de Deus é supostamente limitado; a sua Onisciência já não é o conhecimento de tudo. Se concordarmos com isso, ficaremos com a visão contraditória da Onisciência limitada. O ataque à Onisciência tradicional parte de fora e de dentro do evangelicalismo.” [6]

            O que Geisler quer dizer com “Onisciência limitada”? E quem é este envolvido neste “debate contemporâneo?” As respostas estão na maneira como se entende o conhecimento que Deus tem do futuro: “Presciência de Deus”, pois todos os cristãos acreditam que Deus conhece todas as coisas, mas divergem no que diz respeito ao conceito de conhecimento do futuro. Segue nos próximos comentários a explicação de Onisciência limitada e ilimitada (Onisciência tradicional):

a) Onisciência limitada

            É qualquer visão que limite o conhecimento de Deus, como por exemplo, os deterministas. Eles entendem que Deus conhece o futuro porque Ele determinou cada ato do ser humano, pois do contrario não conheceria. Isso coloca uma limitação na presciência de Deus de não poder saber caso suas criaturas forem livres. Além disso, coloca o conhecimento de Deus a um mero escritor que só sabe o final do livro porque foi Ele quem escreveu. Outro exemplo são os que creem na tese do Teísmo Aberto, asseverando que Deus conhece o futuro, mas como possibilidade e não de fato, pois o futuro ainda não existe para que Deus possa conhecer. Nessa visão, Deus é reduzido a um pai que fala para o filho escolher entre uma bola ou um vídeo game. O pai sabe que o filho vai escolher um dos dois porque só tem essas possibilidades para escolher. Assim é Deus nesta visão! Deus só pode conhecer as possibilidades do futuro, mas não o futuro de fato.  Essas duas visões são exemplos claros de Onisciência limitada, pois ambas colocam uma limitação no conhecimento que Deus tem de futuro.

b) Onisciência tradicional (ou ilimitada),

 É exatamente o contrario do que foi dito acima! Onisciência ilimitada é a doutrina que entende que Deus não tem qualquer limitação em Seu conhecimento mesmo que suas criaturas sejam livres, Ele sabe tudo sem precisar determinar. Podemos citar os arminianos e os molinistas como os que creem na Onisciência ilimitada e, assim, deixar claro quais são as escolas que divergem sobre esse tema. Os arminianos e os molinistas acreditam que Deus tem o conhecimento do futuro de maneira simples, ou seja, Ele conhece as decisões livres finais de cada criatura. Assim, podemos dizer que deterministas e teístas abertos limitam o conhecimento de Deus, enquanto os arminianos e molinistas entendem que não existe limitação no conhecimento Divino nem mesmo em relação ao futuro. O erudito Dr. Jack Cottrell nos da um exemplo claro de presciência tradicional (ou simples) ao refutar o Teísmo Aberto:

 “Digamos que eu peço a você para assistir comigo um vídeo de um sermão que eu já assisti antes. Então, eu digo em um determinado ponto do vídeo: “eu sei exatamente o que o pregador vai dizer em seguida. Não há dúvida sobre isso. Ele vai dizer isso e aquilo.” E, assim, no vídeo, as palavras são ditas conforme eu predisse. Será que o meu “pré-conhecimento” destas palavras, de alguma maneira, afetou a liberdade do pregador quando as proferiu? Nem um pouco. Minha certeza, quanto ao que acontecerá no vídeo, de maneira nenhuma afeta a integridade do sermão conforme originalmente pregado. Na verdade, minha certeza é dependente do sermão conforme pregado. O pré-conhecimento de Deus funciona de maneira similar, exceto, que Ele vê a realidade dos eventos antes que eles aconteçam, ao invés de ver após o acontecimento. Porém, o pré-conhecimento de Deus não afeta a contingência dos eventos mais do que o meu conhecimento, após-o-fato, afeta um evento passado.

É um fato verdadeiro que todos os eventos futuros, incluindo as escolhas do livre arbítrio, são certas de acontecer, conforme pré-conhecidas; porém, não é o pré-conhecimento que as torna certas; elas apenas são certas. Então, o que os tornam certas? Os próprios atos, conforme previstos por Deus, da Sua perspectiva da eternidade. Todos concordariam que os eventos passados são certos. O que os tornam certos? O simples fato de que eles já aconteceram; da maneira como aconteceram. Os próprios atos os tornaram assim. Este mesmo princípio estabelece a certeza dos eventos futuros pré-conhecidos. Sua certeza não é definida pelo pré-conhecimento de Deus; pelo contrário, o pré-conhecimento de Deus é definido pela realidade dos próprios eventos. O fato de que Deus os vê “antes do tempo”, da Sua perspectiva de eternidade, significa que eles vão acontecer conforme Deus os vê; porém, eles vão acontecer por causa das genuínas escolhas livres dos sujeitos envolvidos.”[7]

            Em suma, a onisciência tradicional ensina que Deus o conhecimento de Deus do futuro não é causativo, pois Deus não está preso ao tempo e por isso pode constatar infalivelmente as decisões livres finais de suas criaturas.

3. A Onipresença de Deus

“Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da Tua presença? Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama na sepultura, também lá estás. Se eu subir com as asas da alvorada e morar na extremidade do mar, mesmo ali a Tua mão direita me guiará e me susterá. Mesmo que eu dissesse que as trevas me encobrirão, e que a luz se tornará noite ao meu redor, verei que nem as trevas são escuras para Ti. A noite brilhará como o dia, pois para Ti as trevas são luz.” Salmos 139:7-12

            O segundo atributo incomunicável de Deus, que vemos neste salmo, é o atributo da Onipresença. Ao declarar “Para onde poderia eu escapar do seu Espirito?” O salmista esta mostrando que é impossível estar em algum lugar em que Deus não esteja. Isto significa que Deus é o único que pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Não existe criatura que possa estar em todos os lugares. Mesmo os anjos e demônios não possuem tal capacidade e só podem estar em um único lugar dentro do tempo. Foi maravilhado com esse atributo que o sábio Salomão disse:
           
"Mas será possível que Deus habite na terra com os homens? Os céus, mesmo os mais altos céus, não podem conter-te. Muito menos este templo que construí!”
2ª Crônicas 6:18

            O sábio Salomão entendia que Deus não pode ser contido dentro de qualquer coisa, pois Ele é infinito e esta em todos os lugares! O doutor Eduardo Joiner acertadamente fala sobre esse atributo de Deus:

“Ele existe em todo o espaço infinito, pela essência de seu Ser: Isso se comprova através da seguinte pergunta feita por Ele mesmo: “Não encho Eu o céu e a terra?"– diz o Senhor?” (Jr 23.24). Na língua hebraica “os céus e a terra” significam o universo inteiro. Este universo, segundo a própria declaração de Deus, está cheio de sua Presença.” [8]

            Assim, fica claro que Deus está presente em todos os lugares do universo e é impossível escapar da Sua Presença. O salmista mostra essa verdade ao declarar, citando vários lugares como “as extremidades do mar” ou ate mesmo “os céus” que é impossível fugir da presença de Deus, pois Deus preenche todos os espaços, ate mesmo o espaço ocupado pelos ímpios.

3.1. A Onipresença de Deus alcança salvos e ímpios

            Deus está em todos os lugares e contempla tanto a justos como a ímpios e se comporta de maneira peculiar em cada um deles. Para o teólogo pentecostal pr. Walter Brunelli existem três razões pelas quais Deus está presente na vida de uma pessoa, seja ela salva ou ímpia, ele diz:

“Para sustentar, para punir e para abençoar. No caso dos ímpios, a presença de Deus tem como finalidade sustentar e às vezes punir” [9]

a) A Presença de Deus para sustentar e punir: Deus sustenta os ímpios, pois deseja que todos se arrependam e cheguem ao conhecimento da Verdade (1ª Tm 2.4). Porém, quando o ímpio insiste em sua maldade não ouvindo as advertências bíblicas, cairá no juízo de Deus que punirá toda a maldade que os ímpios praticam, pois suas maldades não podem ser escondidas da Onipresença de Deus (Amós 9.1-4).

b) A presença de Deus para sustentar e abençoar: Na vida do salvo está a benção do Senhor. Deus nos sustenta com sua maravilhosa Graça para que não pereçamos e nos abençoa em todas as áreas de nossa vida. É essa a certeza que Davi tinha quando disse:

“E agora foste servido abençoar a casa do teu servo, para que permaneça para sempre diante de ti; porque tu, Senhor, a abençoaste, ficará abençoada para sempre.” 1ª Crônicas 17:27

            O crente pode descansar, pois sabe que esta sendo sustentado e abençoado por estar na Presença de Deus. Deus está em toda a parte! Para o salvo isso é belíssimo, mas para o ímpio é terrível, pois não se sabe nem o dia, nem a hora em que Ele dirá: “Basta, apartem-vos de mim, vos todos que praticam a iniquidade.” Lc 13.27

4. A Onipotência de Deus

“Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as Tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra. Os Teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no Teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.” Salmos 139:13-16

            Chegamos enfim, na parte mais controversa do Salmo, pois é essa parte que os deterministas gostam de usar para apoiar seu sistema teológico. Entretanto, mostraremos que essa parte não esta falando de determinismo, mas da Onipotência de Deus demonstrada através do milagre da gestação. Antes, porém, vamos definir o que é Onipotência.
           
            Onipotência é o Poder de Deus de fazer todas as coisas que são objeto do seu Poder com ou sem uso de meios. O termo hebraico para Onipotência é shaddai; no grego, pantokratõr. Isso significa que não existe lei alguma no universo que impeça do Ser Onipotente fazer tudo que queira.

4.1. A Onipotência esta em harmonia com seus outros atributos

            O fato de Deus ser Onipotente significa que não existem limites para Seu Poder. Nas Sagradas Escrituras essa verdade está claramente revelada nas palavras do mestre Jesus, que disse:

“Jesus olhou para eles e respondeu: Para o homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis". Mateus 19:26

            Porem, precisamos entender que a Onipotência de Deus está em harmonia com seus outros atributos. É dessa maneira que o Dr. Eduardo Joiner define a Onipotência de Deus:

“Deus é capaz de fazer todas as coisas que podem ser feitas, mas ao mesmo tempo todos os atributos se harmonizam, e o poder infinito jamais pode ser exercido de maneira a produzir uma contradição a natureza divina. Isto, porem, não indica imperfeição alguma neste atributo, mas mostra a sua excelência.” [10]

            Deus pode fazer tudo que deseja, mas só deseja o que é concernente com a sua natureza que é Boa, Justa e Perfeita. A bíblia diz que Deus não pode mentir (Tito 1:2), isto porque a natureza de Deus é verdadeira e não pode fluir a mentira de um Deus que é a Verdade. Os atributos de Deus sempre agem em harmonia com a sua natureza e nunca de maneira desordenada! É impossível um Deus justo cometer a injustiça simplesmente porque é Onipotente, pois apesar de Deus ser Onipotente, seu Poder está ligado aos seus outros atributos. É por isso que o atributo da Onipotência de Deus deve infundir no ímpio um grande temor, pois a Justiça de Deus punirá justamente suas maldades (Sl 9.17).

            O justo, por outro lado, pode ter grande alegria em seu coração porque o Deus da promessa é todo poderoso para cumpri o que prometeu. Foi confiando na Onipotência de Deus que Davi disse:

 “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei temor? O Senhor é o meu forte refúgio; de quem terei medo? Quando homens maus avançarem contra mim para destruir-me, eles, meus inimigos e meus adversários, é que tropeçarão e cairão. Ainda que um exército se acampe contra mim, meu coração não temerá; ainda que se declare guerra contra mim, mesmo assim estarei confiante.” Salmos 27:1-3

            É exatamente por Deus ser Todo Poderoso, Justo e Amoroso que podemos confiar em suas promessas e, enquanto os ímpios devem temer o castigo proveniente da Justiça do Deus Todo Poderoso, nós podemos descansar neste mesmo Deus Onipotente.

            Agora que mostramos a definição de Onipotência e que ela esta em harmonia com os outros atributos de Deus, podemos entrar nos versos 13 ao 16 em que o salmista usa o milagre da vida para ilustrar o Poder de Deus. É muito importante essa parte de nosso estudo, pois esses versos têm instruções maravilhosas para a nossa edificação.

4.2. A Onipotência demonstrada através do milagre da vida

            O milagre da vida é algo realmente espantoso. É incrível (ou como diria o salmista: Admirável e maravilhoso) como a gestação de uma criança ocorre! Somos no começo sem forma (exatamente como o salmista relata: “No ventre informe...”). Depois, começamos a ser formados interna e externamente. O nosso coração e todos os órgãos internos, nossos braços e pernas começam a aparecer e vamos tomando forma até tudo estar perfeito para o nascimento. O salmista atribui a sua formação no ventre ao poder de Deus quando diz:
           
“Pois Tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu Te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as Tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não Te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e esmeradamente tecido nas profundezas da terra.” Salmos 139:13-15
           
            É muito interessante o salmista dizer que Deus o entreteceu no ventre de sua mãe. A palavra “entretecer” significa tecer, fiar, entrançar, entrelaçar e etc. Essa palavra mostra a ideia de um alfaiate que vai tecendo seus pontos até formar um traje de gala. Essa comparação não deixa duvidas de que a Bíblia ensina que é Deus quem dá o desenvolvimento no ventre materno. Quando o salmista diz que os seus ossos não foram encobertos, está dizendo que Deus estava presente em sua criação. O milagre da vida só é possível graças à Onipotência de Deus. É importante analisar esse contexto para ter um entendimento verdadeiro do verso seguinte que é muito deturpado por algumas corretes teológicas, principalmente os deterministas. O verso 16 diz:

“Os Teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no Teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.” Salmos 139:16

            Quando o Salmo diz que essas coisas foram escritas não está se referindo aos seus atos ou de qualquer pessoa, mas está falando diretamente do assunto tratado desde o verso 13 até agora. Podemos fazer a pergunta: Quais coisas foram escritas no livro que em contínuo foram formadas? O texto é claro quando remete isso ao milagre da gestação (os seus olhos viram meu corpo ainda informe). Essa parte mostra claramente o Poder de Deus na criação do ser humano e também a sua Onisciência em saber que o salmista viria a existir. O Hebraísta Dr. Carlos Augusto Vailatt cita o “Argumento do Paralelismo Sinonímico Hebraico” para expressar essa verdade que apresentamos até aqui. Ele diz:

“Sabe-se que uma das características da poesia hebraica é o paralelismo sinonímico. Nesse tipo de recurso literário, a segunda parte de um versículo bíblico repete a mesma ideia da primeira parte com expressões distintas, mas sinônimas. Tendo isso em mente, a expressão “dias foram formados quando nem um deles havia” (Sl 139:16b) parece estar compondo um paralelismo sinonímico com “O meu embrião viram os teus olhos [...]” (Sl 139:16a). Desse modo, a criação do salmista como embrião no útero materno (v.16a) equivale à formação dos dias de vida do salmista, os quais, antes da sua criação, evidentemente ainda não existiam. Portanto, a tônica do Salmo 139:16 é criacionista e não determinista. O que está em vista aqui é a ação maravilhosa de Deus na criação do salmista e não a discussão sobre a determinação de cada um de seus anos, meses, semanas, dias, horas, minutos e segundos de vida terrena.” [11]

            Assim, fica evidente que o sentido do verso 16 é criacionista e não determinista, pois nada no Salmo indica algo relacionado a Deus determinar todas as ações do ser humano, pois mostra claramente o Poder de Deus na criação do Salmista.

5. A Grandiosidade Divina e a limitação do homem

“E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles! Se as contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo ainda estou contigo.” Salmos 139:17,18

            Aqui vemos o relato maravilhado do Salmista diante da Grandiosidade de Deus! As Suas obras são magnificas e mostram a sua Grandiosidade. Não tem como o salmista não ficar perplexo diante das maravilhas que acaba de ressaltar. Quando o salmista diz que os pensamentos do Senhor são preciosos, está declarando que é impossível mensurar o Poder e a Sabedoria de Deus. Não são apenas as obras das mãos de Deus que são maravilhosas, mas também seus pensamentos na vida de uma pessoa de fé são objetos de constante admiração. Seus pensamentos são inumeráveis, totalmente impossíveis de contar, além de insondáveis. É impossível ao homem chegar ao Poder e Sabedoria do Altíssimo.

6. A certeza da Justiça Divina e um pedido para ser guiado por Deus

“Ó Deus, Tu matarás decerto o ímpio; apartai-vos, portanto de mim, homens de sangue. Pois falam malvadamente contra Ti; e os Teus inimigos tomam o Teu nome em vão. Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que Te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra Ti? Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos. Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.” Salmos 139:19-24

a) A certeza da justiça Divina: o Salmista está convicto que Deus sabe de todas as maldades dos ímpios e que nada do que eles fazem pode escapar da Onipresença e Onisciência de Deus. Também está convicto de que Ele é Todo Poderoso para punir os maus. Assim, expressa sua confiança na Justiça Divina ao falar: “Tu mataras decerto o ímpio...” e mesmo que suas maldades sejam habilidosamente disfarçadas e encobertas a fim de escondê-las do mundo. Por mais que o ímpio pense que esta prosperando, por fim, a Justiça de Deus o alcançará. Assim funciona a Justiça de Deus! Ela pune os homens que agem malevolamente. É nessa visão que o teólogo Martthew Henry comenta essa parte do Salmo. Segue:

“O motivo pelo qual Deus os punirá é porque eles O afrontaram malvadamente e o desafiaram: Falaram malvadamente contra Ti e devem ser chamados a prestar contas por todas as suas duras palavras.” [12]
           
Vemos aqui que a punição de Deus é justa, pois esses homens fizeram o que era mal aos olhos do Senhor e o salmista confia que esses ímpios receberão o justo castigo por seus atos.

b) Um pedido para ser guiado por Deus: os pedidos do Salmista são: para Deus o sondar, ver se existe nele algum caminho mau e o guiar pelo Caminho Eterno. É um apelo humilde (que todo o servo do Senhor deve ter em relação aos seus atos e pensamentos) para que Deus mostrasse se existia algo errado com o Salmista, se ele tinha algum pensamento perverso e se ele estava andando no caminho certo. O pedido é para que ele seja guiado no correto caminho que leva a Salvação.

Conclusão:

            O nosso estudo mostrou que o Salmo 139 é cheio de ensinamentos da Grandiosidade de Deus e da maneira como devemos nos portar diante de tamanha Grandeza. O Salmista nos ensinou (inspirado pelo Espirito Santo) que Deus conhece todas as coisas e nada escapa de sua Onisciência, que Ele está em todos os lugares de maneira que não se pode escapar da sua Presença e que Ele é Todo Poderoso e não existe limitação em seu Poder, mas que esse Poder está em perfeita harmonia com seus outros atributos (Justiça, Amor, Verdade e etc.). Aprendemos com tudo isso, que precisamos ser humildes e sempre pedir a Deus para nos examinar e nos mostrar se existe ainda em nós algum caminho mau, pois Ele sabe de todas as coisas e, precisamos estar sempre sendo guiados no Caminho Eterno.

À DEUS SEJA A GLÓRIA!

  
             
             
 









[1] Suma Teológica 1, 14.3 ( citado em TS. Norman Geisler página 710)
[2] Works of Arminio 1,404 CPAD edição de 2015.
[3] O único Deus sábio, Editora Sal Cultural – Primeira edição 2016, página 21
[4] AVIE,3, em roberts and Donaldson, ANF,1 ( ctado em TS Geisler, Norman, página 627)
[5] IBIRD, pag. 630.
[6] TS Geisler Norman, página 707.
[7] Site deusamouomundo.com, acesso em 21 de novembro de 2017 link: http://deusamouomundo.com/onisciencia/a-presciencia-de-deus-anula-o-livre-arbitrio-humano/
[8] Manual Prático de Teologia de Eduardo Joiner, página 64. 2ª edição, Janeiro de 2017, Editora Central Gospel.
[9] TS Walter Brunelli, Volume 1, página 360 editora Central Gospel, 1ªedição Abril/2016
[10] Manual Prático de Teologia, Eduardo Joiner, editora Central Gospel, página 63/ 2ª Edição, Janeiro de 2007 
[11] Dr. Carlos A. Vaillat, em sua página de facebook.
[12] Comentário Bíblico Antigo Testamento de Matthew Henry, página 689 comentário do Salmo 139.  




[i] Atributo incomunicável de conhecer todas as coisas e conhecer antecipadamente.

[ii] Atributo incomunicável de estar em todos os lugares e ao mesmo tempo.

[iii] Atributo incomunicável de poder  todas as coisas.

[iv] Abraham ben Meir ibn Ezra (em hebraico: אברהם אבן עזרא, também conhecido por Abenezra) (1092 ou 1093-1167), foi um importante escritor judeu da idade média. Nasceu em Tudela, no antigo reino Navarra (hoje, Espanha). E faleceu, por volta de 1167, em sítio incerto, mas muito provavelmente em Calahorra, com outros a dizer que foi em Roma ou na Terra Santa. Foi um sábio e rabino espanhol. Cultivou todas as ciências, e mais particularmente a astronomia. Os seus comentários sobre o Antigo Testamento são notáveis por uma grande ousadia de opiniões. Aben-Ezra deu o seu nome a uma cratera lunar.

[v] Rev. William Oscar Emil Oesterley (Calcutá 1866-1950) foi um teólogo da Igreja da Inglaterra e professor de hebraico e antigo testamento no King's College, Londres, desde 1926. [1] Seus muitos livros abrangem uma ampla gama de tópicos do comentário da Bíblia E a doutrina cristã, o judaísmo e o antigo Israel a assuntos mais gerais, como a dança sagrada.

[vi] Stanley Ellisen, professor de literatura Bíblica e chefe da divisão de Estudos Bíblicos no Western Seminary (EUA).

[vii] Tempo constituído de passado, presente e futuro.

[viii] Atributos que não são transmitidos a suas criaturas.

[ix] Ele foi o mais importante proponente clássico da teologia natural e o pai do tomismo. Sua influência no pensamento ocidental é considerável e muito da filosofia moderna foi concebida como desenvolvimento ou oposição de suas ideias, particularmente na ética, lei natural, metafísica e teoria política. Ao contrário de muitas correntes da Igreja na época [5], Tomás abraçou as ideias de Aristóteles - a quem ele se referia como "o Filósofo" - e tentou sintetizar a filosofia aristotélica com os princípios do cristianismo. As obras mais conhecidas de Tomás são a "Suma Teológica" (em latim: Summa Theologiae) e a "Suma contra os Gentios" (Summa contra Gentiles). Seus comentários sobre as Escrituras e sobre Aristóteles também são parte importante de seu corpus literário. Além disso, Tomás se distingue por seus hinos eucarísticos, que ainda hoje fazem parte da liturgia da Igreja.

[x] Não este preso ao tempo- passado, presente e futuro.
[xi] Conhecimento da Historia sem a necessidade de determinar o futuro