sábado, 15 de março de 2014

Serie o que o texto realmente diz


RAZÕES POR QUE ROMANOS 9 NÃO ENSINA O CALVINISMO







1 – A CONCLUSÃO DE PAULO DO PRÓPRIO CAPÍTULO


Quando Paulo diz, em 9.30, “Que diremos pois?”, ele está justamente querendo saber, “Qual a conclusão que podemos tirar de tudo que eu acabei de dizer?”. Se Paulo estivesse ensinando a eleição incondicional daqueles que serão salvos, sua conclusão certamente seria mais ou menos assim:

“Que diremos pois? Que Deus escolheu incondicionalmente alguns para salvação e outros para perdição.”

Mas a conclusão de Paulo é completamente diferente. Ela é:

“Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé. Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da lei; pois tropeçaram na pedra de tropeço.” Rm 9.30-32

A conclusão de Paulo é que estar entre aqueles que herdarão a salvação, ou seja, ser um dos eleitos de Deus, está condicionado à fé.

2 – A CONCLUSÃO DE PAULO DE TODA A SEÇÃO (Romanos 9-11)

Paulo conclui a seção desta forma:

“Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia.” (Rm 11.32)

Novamente, se Paulo estivesse ensinando a eleição incondicional daqueles que serão salvos, sua conclusão certamente seria mais ou menos assim:

“Porque Deus encerrou a todos (judeus e gentios) debaixo da desobediência, para com ALGUNS (judeus e gentios) usar de misericórdia.”

Mas a conclusão de Paulo é inclusiva. Deus quis ser misericordioso com todos, judeus e gentios.

3 – A ABRANGÊNCIA DA GRAÇA DE DEUS

Assim como os judeus estavam limitando a graça de Deus à nação de Israel, os calvinistas limitam a graça de Deus aos eleitos. Mas a proposta de Paulo em Romanos 9-11 é justamente mostrar que a graça de Deus está além de qualquer limitação, como vimos da conclusão da seção (Rm 11.32) e podemos ver da promessa feita a Abraão: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Paulo está argumentando que Deus escolheu Abraão (um homem), para de seus descendentes (um povo) levantar aquele que abençoaria todas as famílias da terra (todo o mundo). A graça de Deus, portanto, está numa crescente (um homem -> um povo -> todo o mundo) e não é limitada.

4 – OS TERMOS “AMAR” E “ODIAR

O calvinista coloca muita ênfase na afirmação “Amei a Jacó, e odiei a Esaú” (9.13), mas nenhuma em “Chamarei... amada à que não era amada” (Rm 9.25). Se “amor” e “ódio” dizem respeito ao sentimento divino de amor pelos eleitos e de ódio pelos reprovados, Rm 9.25 significaria que Deus passou a amar os reprovados que antes odiava?

5 – A ORAÇÃO DE PAULO

Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação. Rm 10:1

Se Paulo ensinou a eleição incondicional em Romanos 9, então ele foi muito insolente orando a Deus pela salvação dos “reprovados”, daqueles que Deus predestinou à perdição para louvor da glória de sua justiça. Será que Paulo ficou incomodado com o “fato” de Deus querer manifestar a glória de sua justiça na perdição de muitos de seus compatriotas? É compreensível que ele tenha ficado triste com a perdição de seus irmãos, mas é inadmissível que ele tenha feito uma oração contrária à vontade de Deus de gloriar-se em sua condenação. Podemos, no entanto, não tirar esta conclusão absurda. Basta que rejeitemos a interpretação calvinista do capítulo 9 de Romanos.

6 – A ANALOGIA DA OLIVEIRA E DO ZAMBUJEIRO (Romanos 11.16-24)

Paulo usa essa analogia para mostrar que a fé é o que faz alguém pertencer a Israel, aos verdadeiros descendentes de Abraão, ao grupo daqueles que herdarão a salvação. Os que estão firmes, estão por causa da fé. Os que estão de fora, estão por causa da incredulidade. Um crente pode vir a ser rejeitado se tornar-se incrédulo e um incrédulo pode vir a ser aceito se tornar-se crente. Esta analogia seria completamente inadequada se a eleição fosse incondicional.


(Fonte;Texto tirado do face de Paulo Cesar Antunes administrador do site arminianismo.com)