sábado, 13 de junho de 2015

Uma dissertação sobre o sentido verdadeiro e genuíno do sétimo capítulo da epístola aos Romanos. Por James Arminius, DD )

Uma dissertação sobre o SENTIDO verdadeiro  e genuíno do sétimo capítulo da epístola aos Romanos. Por James Arminius, DD 

Rm 7. 4 Mortos para a lei.  Já não dependemos da lei e dos sacrifícios do AT para sermos salvos e aceitos diante de Deus. Conforme a Bíblia diz em:
“Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.
De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.
Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio.”
Gálatas 3:23-25
Mas, vindo à plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.
Gálatas 4:4, 5
Fomos alienados da antiga aliança da lei e unidos a Cristo para salvação conforme 1 Jo 5.13, que diz:
“Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus.”

Devemos receber o seu Espirito e a sua graça e, assim, receber o perdão, ser regenerados e capacitados para produzir fruto para Deus conforme os seguintes textos:

Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.”
 Ef 2.10

“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei.” Gálatas 5:22,23


“Por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual já antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho,Que já chegou a vós, como também está em todo o mundo; e já vai frutificando, como também entre vós, desde o dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus em verdade;”   Colossenses 1:5,6

Rm 7 .7 Não conheci o pecado se não pela lei . Os versículos descrevem a experiência pré conversão de Paulo ou de qualquer outra pessoa que procura agradar a Deus, sem depender da sua graça, misericórdia e poder.
(1) Nos versículos 7 – 12 Paulo descreve o período de inocência do individuo até chegar a “idade da responsabilidade”. Ele “vive” (v9) sem culpa nem responsabilidade espiritual, até que deliberadamente peca contra a lei de Deus escrita exatamente ou no seu coração .
(2) Nos versículos 13 – 20 , Paulo retrata um estado de escravidão ao pecado, porque a Lei, uma vez conhecida, traz inconscientemente o pecado para a consciência e, assim, o individuo passa a ser realmente um transgressor. O pecado se torna senhor, embora ele se esforce para resistir-lhe.
(3) Nos versículos 21 – 25, Paulo revela o desespero total da pessoa, a medida que o poder do pecado o reduz à miséria.
Rm 7. 9 Eu nalgum tempo vivia...  As declarações de Paulo. “eu...vivia” (v9) e “o pecado... me matou” (v11), apoiam a crença geral que a criança é inocente até deliberadamente pecar contra a lei de Deus no coração o ensino que as crianças afetadas pela culpa do pecado e dignas da condenação eterna não se acham nas Escrituras.
Rm 7.12 Alei é Santa.  A lei mostra a vontade de Deus, a lei que Paulo fala neste texto é a lei moral de Deus escrita nos nossos corações. Assim a lei é santa, pois mostra os valores e morais de nosso Senhor que é moral.
Rm 7.14 A lei.  Lembramo-nos de que Paulo, no capitulo 7, esta analisando o estado da pessoa irregenerada e sujeita a lei do AT, mas consciente de sua incapacidade de viver uma vida agradável a Deus. Conforme:
 “Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?” Romanos 7:1
Ele descreve uma lutando sozinha contra o poder do pecado e demonstrando que não podemos alcançar à justificação, a santidade, a bondade e a separação do mal mediante aos nossos próprios esforços para resistir ao pecado e guardar a lei de Deus. O conflito Cristão, por outro lado, é bem diferente: É um conflito de uma pessoa unida a Cristo e ao Espirito Santo, de um lado, contra o poder do pecado (Gl 5.16 – 18). No capitulo 8 Paulo descreve o caminho da vitória sobre o pecado, mediante a vida no Espirito.

Rm 15 Eu sou carnal, vendido sub o pecado.  Mais incisivas do que as demais palavras do capitulo 7, estas aqui falam claramente num período sobe a Lei, na vida de Paulo, antes da sua conversão. Esse fato é comprovado pelas seguintes razões:
(1) No capitulo 7, Paulo esta demonstrando a insuficiência da lei para nos redimir , a parte da graça, e não a insuficiência do evangelho aliado a graça (Gl 3. 24).
(2) No versículo Paulo declara que os que estão “na carne” ( são carnais, sensuais) “produzem fruto para a morte” ( a morte eterna). E em 8.13, “Se viverdes segundo a carne morrereis ( Gl 5. 19 – 21). Logo o tipo de pessoa referido no capitulo 7 esta espiritualmente morta.
(3) A expressão “vendido sob o pecado” significa servidão ou escravidão ou escravidão ao pecado (1 Rs 21. 20, 25; 2 Rs 17.17). Tal linguagem não pode ser aplicada ao crente em Cristo, porque Ele, pelo preço do resgate pelo seu sangue ( Mt 20. 28), redimiu-nos do poder do pecado e declara que o pecado já não tem domínio sobre nós (Rm 6. 14). O próprio Cristo afirmou: “Se, pois, o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8. 36; Rm 8.2). Realmente o nome de Jesus significa “Ele salvará o seu povo dos seus pecado” (Mt 1. 21).
(4) Além do disso, a presença do Espirito Santo, habitando em nós (Rm 8), não deixa os crentes “vendidos sob o pecado”. Paulo declara, ainda , no mesmo capitulo, que “a lei do espirito de vida em Cristo Jesus, me libertou da lei do pecado” (Rm 8.2), e ele conclui a si mesmo entre os que nao andam “ segundo a carne, mas segundo o Espirito” (Rm 8.4), porque “somos devedores, não a carne”(Rm 8.12).

Rm 7.15 O que quero isso não faço.  Aqueles que tentam os mandamentos de Deus sem a graça salvífica de Cristo, descobrem que são incapazes de realizar as boas intenções de seu coração. Não são senhores de si mesmos; o mal e o pecado governam o seu ser. São escravos dessas coisas (Rm7 15 – 21); presos “debaixo da lei do pecado” (Rm 7. 23). É somente para os que estão em Cristo, que Deus, juntamente com a tentação, “dará também o escape, para que possais suportar” (1 Coríntios 10. 13).
Rm 7.22 Tenho prazer na Lei de Deus.  Muitos crentes sob a luz do AT verificaram que, em si mesmos, tinham prazer na lei e nos mandamentos de Deus (Sl 119; Isa 58.2). Entretanto, ao mesmo tempo, quando buscavam ajuda apenas na lei, as paixões da carne neles imperaram (Rm 7.23). Igualmente na igreja, hoje, pode haver os que reconhecem a justiça, a pureza e a excelência do evangelho de Cristo,

No entanto, por a experiência da graça regeneradora de Cristo, verificam que são escravos e prisioneiros do pecado. Quando tentamos viver livres do domínio do pecado e da imoralidade, todos os nossos esforços para isso são inúteis, a menos que sejamos realmente nascidos de novo, reconciliados com Deus, libertos do poder de Satanás e como novas criaturas em Cristo, vivendo uma vida renovada no Espirito Santo (Jo 3.3; Rm 8; 2 Co 5. 17).
Rm 7.24 Miserável homem que sou!  A pessoa não convertida, em sua luta desigual com o pecado, termina dominada, cativa (Rm 7.23). O pecado vence e a pessoa vende-se ao pecado como escrava (Rm7.14). Miserável condição esta: Quem poderá livrar-nos? A resposta é: “Por Jesus Cristo, nosso Senhor”( Rm7.25). É ele que pode nos libertar “ da lei do pecado e da morte” (8.2).
Fonte: Bíblia de Estudo pentecostal pág. 1709 – 1710 nota de Romanos 7 (Tambem encontrado nas Works de Arminio volume 2 pagina 139, que é sua fonte primaria.)